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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Um nada no meio do nada

É bem assim que me sinto agora. Na absoluta solidão que me encontro o que não falta é tempo para pensar e refletir. Tenho feito tanto isso que já estou até filosofando.
Quanto mais penso mais vejo quanto fui e talvez ainda esteja sendo patética.
Hoje depois de mais uma incursão na linha do tempo descobri ou melhor vi coisas, que a alguns meses atrás não quis ver ou melhor dizendo, via de forma diferente, via o que meu coração queria ver.
Passei meses me enganando, para ser mais exata um ano e meio, agora sim vejo com certeza que nunca representei nada para ele. Para ele tudo não passou de uma brincadeira e eu fui o objeto dessa brincadeira, nem a amizade que pensei existir era de verdade. A única verdade que persiste é esse sentimento que transformou minha vida num caos, que me transformou em nem sei o que e do qual não consigo me libertar.
Fico pensando porque ele, durante tantos anos eu sempre consegui me manter imune as investidas masculinas, não importava quem fosse, nem o tipo de cantada que recebia; simplesmente não me afetava. Porque quando estou com alguém é porque eu quero estar e sempre consegui manter os outros homens a uma distancia segura. Mas esse não tem nada a ver comigo, nada que pudesse despertar meu interesse, não entendo onde foi que me perdi para deixar que ele tomasse conta dos meus sentimentos dessa maneira.
E porque eu ? Porque ele me escolheu, afinal no ambiente em que estávamos haviam tantas mulheres, mais bonitas, mais interessantes e principalmente mais jovens que eu.
Foi o destino, quem sabe, dizem alguns e eu mesma também já disse muitas vezes isso, que nada acontece por acaso, mas agora já não sei se acredito mais nisso.
Há também quem diga que tudo que acontece é consequência de nossas escolhas, mas ai eu pergunto é possível escolher quem vamos amar.
Já não sei em que acreditar e nem em quem acreditar.
Achava que  era necessário acreditar em mim, na minha capacidade, no meu potencial, acreditar que eu era importante sim.
Fiz isso durante algum tempo, hoje acho que me iludi até com isso.
Volto a minha infância e lembro como me sentia nos tempos de escola, eu me sentia invisível, era como se ninguém me visse ali na escola ou na sala de aula, e isso me faz pensar pensar na frase muito usada hoje me dia principalmente no mercado de trabalho " ninguém é insubstituível".
Somos um nada no meio do nada.
Hoje depois de passado tanto tempo volto a me sentir invisível, porque na verdade ninguém se importa, ou muito poucos se importam comigo. Só que uns tem problemas muito maiores que o meu, e eu não quero importuná-los, outros não tem tempo.
As vezes me pego a pensar o que estou fazendo de errado, porque devo estar errando em algum ponto.
Uma coisa é certa, estou dando atenção as pessoas erradas, esperando coisas de pessoas que por algum motivo eu gosto, mas que não retribuem esse sentimento.
Nesses últimos meses, principalmente nos últimos 60 dias em que estou com problemas de saúde, por causa de um acidente vamos dizer assim, menos de meia dúzia de pessoas se preocuparam em saber como estou, dessas poucas pessoas, apenas duas vieram me visitar.
É uma triste verdade porque se nem quando você adoece as pessoas se sensibilizam é porque a coisa tá feia mesmo.
Amigos, bem eu só tenho quando eu vou vê-los, quando eu me prontifico a ajudar, a procurar saber se estão bem ou não, agora quando é minha vez, quando eu preciso onde eles estão, certo é que poucas vezes fui eu a precisar de ajuda. Será que é por isso, não sei.
Sei que agora eu estou precisando, de ajuda, de um ombro amigo, de colo, de alguém que me escute, sei lá de tudo.
De tanto esperar por ajuda, e não obter, desisti de falar no assunto, até escrever coisa que gosto de fazer, me limitei, cheguei a apagar coisas que havia escrito, porque agora sei que não vale a pena nem falar, me faz sentir ainda mais ridícula e mais patética. 
Cheguei no fundo do poço, e quanto mais luto para sair mais me afundo. Procuro respostas, soluções nunca fui de me deixar abater, mas parece que dessa vez, tudo em que sempre acreditei perdeu o sentido, estou cansada, cansei de lutar.

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