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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Um conto!!! Nem de fadas, nem de rainhas!

O corpo está cansado, as pernas pesadas fazem os passos lentos, mal conseguem sair do lugar. Ela sabe, tem consciência do que está acontecendo, mas faltam forças, como prosseguir então.

Pedir ajuda, talvez, mas ela não quer que ou outros saibam o que está acontecendo. Sente-se envergonhada pois sabe que é responsável pelo que está lhe acontecendo, já conhece esse caminho, sabe que nele o sol não vai brilhar, e que apesar disso os dias serão longos.

As lembranças são constantes, o passado se mistura com o presente e ela pensa, como pode tudo mudar tanto de uma hora para outra.

Bastou um telefonema para ver seus sonhos se desmoronarem, uma pergunta só, ela fez uma única pergunta, mas sabia que devia estar preparada para a resposta, e então veio a resposta que lhe caiu como uma bomba , de repente foi como se o chão se abrisse aos seus pés, e ela ouviu do outro lado da linha alguém dizer :
-"É não vou mentir, de você também, só estou sendo honesto, desculpe mas estou correndo de você também".

O diálogo depois disso foi breve, cheio de monossílabos e um imenso silêncio pairou no ar depois que o telefone foi desligado.

Ela pensava e não conseguia acreditar no que acabara de ouvir, na verdade levou dias para processar tais palavras e entender o que elas queriam dizer, a conclusão era óbvia mas ela custava a aceitar, ele não a queria mais por perto, a presença dela já não era mais bem vinda, era hora de se afastar, ela sabia disso mas não conseguia entender o porque ele agia dessa maneira, no fundo haviam muitas contradições nele, difíceis de ser compreendidas, mas também de que importa isso, o fato era que ele a afastou, mais uma vez a rejeitou.

Agora depois de algum tempo,  ela estava começando a regir, ele reaparece com frases na internert, ela pensa será que é para ela, não pode ser, mas e se for, a dúvida então como saber. Ele fala de saudade, mas será verdade, os pensamentos se intensificam a ansiedade aumenta com a dúvida e se for de outra pessoa que ele está falando então ela mergulha de novo na sua tristeza.

Nos muitos anos já vividos, ela viu histórias se misturarem, se recriarem e no fundo era sempre a mesma coisa, o tempo passa é um ciclo vicioso, a vida é cíclica, um eterno vai e vem.

Períodos de paz, outros de apatia, de solidão, outros de muita agitação, de melancolia outros cheios de mudanças mas sempre seguindo essa máxima de que a vida é cíclica e nada é eterno.

Então porque não reagir se sabes que existe um amanhã e que esse pode ser diferente, ela está se entregando, ou será que está desistindo de lutar.

Ela se refugia em seus pensamentos e na sua solidão, os pensamentos esses parecem não se cansar, vivem a atormentá-la, tudo poderia ser diferente, ela sabia e não se conformava com isso, mas nem tudo dependia dela, a ai veio a decepção o que ela quer nem sempre é que os outros querem.

Ela fica pensando que na vida nada acontece por acaso, tudo tem um sentido, um propósito, então qual seria o propósito dessa vez...