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domingo, 11 de setembro de 2011

Eu preciso acreditar que isso vai passar.


A pergunta que não quer calar, quando ?
Quando eu vou superar isso, quando eu vou poder ficar livre desse sentimento que tanto me perturba ?

Eu preciso acreditar que isso vai passar.


Mais uma noite de domingo, e minha única companhia é Deus, pelo menos ele sempre está ao meu lado, mas já deve estar cansado das minhas dúvidas, minhas inseguranças,minhas carências ou minhas crises de depressão.

A noite chega e vou até a padaria comprar uns pães pois logo meu filho vai chegar e querer fazer um lanche, passou a tarde toda na na praia com amigos, vai chegar faminto. Filhos depois que crescem é assim só ficam em casa para se banhar, comer e dormir, principalmente filhos homens.

Logo que sai um vizinho veio se apresentar e perguntar sobre meu braço, afinal já está chamando a atenção eu estar a tanto tempo com o braço imobilizado. Conversamos um pouco ele mora no prédio vizinho e nossas janelas ficam de frente uma com a outra, ele até comentou sobre me ver limpando a casa com o braço assim. Mas como não tenho quem faça as coisas para mim tive que me adaptar a fazer o serviço doméstico com apenas um braço, acho que foi isso que lhe chamou a atenção ou então o fato de eu fazê-lo geralmente de madrugada, mas cada louco com sua mania.

Depois, já a caminho da padaria quase nem acredito no que vejo, na verdade demorei alguns instantes para reconhecer quem estava do outro lado da rua acenando para mim, depois de meses sem vê-lo sem notícias, quem eu encontro na rua justamente ele...

Era tudo o que eu queria poder vê-lo, venho pensando nisso a dias queria saber se estava bem, não consigo deixar de me preocupar com ele, mas também sei que era tudo o que eu "não" precisava era vê-lo novamente.

Entrei na padaria comprei o que queria e sai, na esquina estava ele com uma senhora que deve ser sua mãe, ele me chamou e não passou de meia dúzia de palavras cordiais, normal para duas pessoas que não se ve a tempos, aproveitou para me devolver um dinheiro que eu havia lhe emprestado e só.

Foi o suficiente para tudo voltar, o coração aos pulos, mal conseguia ficar em pé as pernas e as mãos tremiam.

Agora me pergunto novamente, isso não vai passar nunca, estou a tanto tempo nessa luta para superar e não vejo saída, não consigo ver uma luz no fim do túnel, será que existe amor assim que dure para sempre.

Já estou até aprendendo a conviver com essa dor.   

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