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domingo, 22 de março de 2015

Quero dividir abraços, não tristezas


Dia desses uma amiga me disse que abraço é algo perigoso, fiquei a pensar nisso, eu amo abraçar e ser abraçada, mas ela se justificou dizendo que ao abraçar alguém recebemos a energia da pessoa e essa energia pode não nos fazer bem.
Concordo com ela nesse ponto, no ato de abraçar trocamos energia e nem todos carregam uma energia boa, mas acho que já me libertei do medo de lidar com energias que possam me afetar de alguma forma,
Hoje vejo isso como um ato de amor, porque as vezes ao abraçar uma pessoa e receber a energia dela estarei ao mesmo tempo oferecendo a ela a minha energia que pode ajudá-la de alguma forma, pode aliviar uma carga que ela por ventura venha carregando, pode levar um pouco de afeto a quem está triste, pode curar feridas, dar esperança.
É tenho essa mania de ver o lado bom das coisas, que triste seria se só víssemos problemas ao invés de soluções.
Acredito que toda energia pode ser transformada, somos seres humanos e suscetíveis ao bem e ao mal, porque dentro de cada pessoa reside essas duas faces, ou como disse Jung temos a "sombra"que nada mais é que "a coisa que uma pessoa não tem desejo de ser, o lado negativo da personalidade, a soma de todas as qualidades desagradáveis que o indivíduo quer esconder, o lado inferior, sem valor e primitivo da natureza humana que muitas vezes se revela nas atitudes mais instintivas" como um abraço ou acesso de raiva.

Se falo isso aqui é porque tenho consciência da minha própria sombra, e quando a reconheço como tal estou a transformá-la, e se posso transformar em mim, também posso ajudar a transformar no outro.
Acho que esse é o caminho, buscar a harmonia em si e ajudar as pessoas a conquistar essa harmonia também, mesmo que ela não saiba que isso está sendo feito.
A harmonia nos faz sentir em paz, a paz nos faz mais alegres, a alegria nos torna mais gratos, a gratidão atrai luz e faz o amor aflorar dentro de nós.

Quero dividir abraços e muitos, não tristezas, os momentos de tristezas que passamos são necessários para nosso aprendizado e eles se tornam mais leves quando sabemos que não estamos sós, que temos pessoas que se importam conosco, que podemos contar com um abraço amigo. Falo de tristeza com conhecimento de causa, estou no meio de uma crise de depressão e quem já passou por isso sabe tem dias de sol, outros de chuva, é uma luta diária contra esse mal que afeta minha vida e tenta me afastar das pessoas e das coisas que me fazem bem.

Não sou psicóloga muito menos filosofa mas uma mulher que busca se entender, e entender o outro e viver em paz.

Porque com ou sem depressão uma coisa eu sei, feliz eu já sou !!!


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