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segunda-feira, 9 de março de 2015

AMOR AO PORTADOR



Sou romântica por convicção e realista por opção. Podemos amar na realidade, se não optarmos por amar o sonho ou a imagem construída de alguém, mas sim Amar o amor, amar por amar, amar o amar.

Sou romântica no sentido de que gosto do romance, mesmo que seja num único dia.

Sem romance, sem chance.

Valorizo, é uma arte.

Só podemos vivenciar e fomentar o romance quando não há metas, expectativas a longo prazo.

Se espero algo em troca, se espero aquele X resultado, já virou projeto e não mais romance.
Um relacionamento é algo bom, mas NÃO PRECISAMOS mais dele.

Você sabe quando a carência não é mais sua companheira quando deixa de esperar ser escolhida pra, então, escolher. O que chega foi atraído por nós mesmos.

O que vai acontecer disso? Como saber? Só vivendo.
Pode ser que algo sem pretensões seja tão agradável que se repita até que você queira só aquela pessoa e que ela queira só você (naturalmente, sem construções).

Pode ser que aconteça por pouco tempo e o que é pouco, afinal?

Pode ser que nunca aconteça.

Pode ser que você ache que é o amor da sua vida e ele não queira esse cargo.

Tudo pode ser.
Algo vai acontecer? Não sei. Algo o que? Afinal, já não está acontecendo?

E quantas possibilidades não calculadas acabam se concretizando nesse caminho! A Natureza é abundante e assim são as relações e possibilidades.

O que ficou após o fim dos relacionamentos, sim, isso é amor (compaixão, amizade). Nem por isso foi ruim, foi ótimo, foram anos valiosos.

Não desejo dizer que se apaixonar é ruim. É ótimo, mas quando acontece e quando recíproco. Se não é o caso, simplesmente não é. Quando amamos integralmente a nós mesmos, cada vez mais itens como ciúmes e posse perdem força.

Quando um relacionamento não está acontecendo como desejava ou simplesmente não está acontecendo, o ideal é deslocar ao máximo este amor que sente pelo outro de volta a si mesmo.

Claro que, no início, isso será forçado.

Nossas dores, medos, carência nos fazem não aceitar aquele fim e resistir a tomar posse do nosso amor de volta.
Não consigo aceitar que digam: isso é normal, quando ama é assim, é normal sofrer ou ficar ansioso por amor.

Ora, se é normal, não pode reclamar de sofrer, sofra com prazer! Viram como parece idiota? Porque não, não é normal.

Normal é ser feliz com você primeiro para, aí, sim, ter condição de ser feliz com outrem. Ninguém disse que seria fácil, mas querer estar feliz e não aceitar ser menor que a dor é o primeiro passo.

AMOR AO PORTADOR! É o amor que você carrega em si e por si e vai transbordando pelo caminho, como se fosse uma fonte.

Afinal, somos fonte, somos canal da fonte maior.


Achamos que uma pessoa é muito importante em nossa vida, que queremos muito, mas, na maioria das vezes, os sonhos e expectativas que despejamos sobre ela é que são tão importantes pra nós.

Quando desapegamos destes sonhos, podemos sentir "pena que não foi como pensei" e ir soltando cada dia mais um pouco aquela idéia e seguir em frente.

Afinal é tudo infinito, as possibilidades são infinitas, muitas outras estão por vir, esperando desagarrarmos daquela pra serem enxergadas por nós.

A que, de fato for BOA, não por parâmetros predeterminados, mas porque é prazerosa e, naturalmente, faz os dois se sentirem plenos quando estão juntos, é recíproca, esta relação não precisa ser mantida. Ela se mantém.

Quando acontecer, aconteceu. Que bom! Mas lembremos: SEM POSSE. O outro continuará sendo portador, talvez passe a ser o único portador daquele amor com aquele tempero, mas nunca dono de nosso amor. Nosso amor é nosso, SEMPRE! E a recíproca é verdadeira.

Você está preparado para uma vida onde tudo dá certo e só há boas perspectivas? Ouse e descubra





Adriana Mangabeira

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