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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Sexualidade Sagrada


Durante milhares de anos, a nossa expressão sexual foi condicionada por um autoritarismo dominantemente masculino que procurou manter as nossas emoções, corpos e instintos básicos sob rígido controle.

A verdade é que o sexo é bom para a saúde, melhora o humor e o prazer não é contrário à espiritualidade. Na verdade, não há nenhuma outra atividade humana onde se possa de forma tão eficaz perder o ego, unir corpo e alma e experimentar a união transcendental com @ parceir@ e o sagrado.


O sexo sagrado é uma profunda experiência espiritual.

Rendermo-nos à arte de fazer amor é permitirmo-nos ser consumido@s pelo prazer, permitir que a energia sexual se mova através de nós e d@ noss@ parceir@ para assumir uma vida própria. A personalidade morre à medida que o pulsar do fogo sexual se exprime espontaneamente. O tempo desaparece e experiencia-se um vislumbre do Infinito através da presença total. Os sentidos são ampliados mil vezes. Cada toque parece ser o primeiro. Dar e receber são a mesma coisa. Os limites entre os corpos esvaem-se e sobrevém uma sensação de unidade. O céu e a terra fundem-se e o corpo e a alma sobem a alturas inimagináveis de êxtase.

Mas muitos de nós carregamos mensagens negativas e sentimentos de culpa sobre o sexo que, ou nos fazem desistir do sexo completamente, ou inadvertidamente nos levam a transformar o acto sexual num vulgar e apressado ato mecânico de prazer genital. E perdemos assim a oportunidade de experimentar a emoção que vem do abrandamento, do estar presente, olhando olhos nos olhos, dando-nos inteiramente à pessoa amada e permitindo-nos ser consumid@s pelo amor transcendente.

Para descobrirmos essa fusão da alma com a eternidade e com o divino no sexo sagrado é preciso desenvolver novas práticas. Em primeiro lugar, temos de abraçar o prazer e o sexo como coisas boas, e considerarmo-nos a nós e à pessoa amada como seres sagrados. Temos de mudar a atenção dos órgãos genitais para o coração, não nos concentrarmos só em obter prazer mas em dar amor e satisfação, substituirmos o alcançar de um objectivo final pela atenção ao prazer do momento. Temos de aprender a desacelerar e prestar atenção à nossa experiência no momento, confiar nos impulsos do nosso corpo, dar voz a todos os desejos e sentimentos que surgirem e entregarmos-nos completamente à expressão espontânea da nossa sexualidade.





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