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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A mediocridade afetiva está em moda.

Infelizmente a mediocridade afetiva está em moda.

Algumas pessoas se gabam e se sentem superiores e mais espertas, maduras e bem resolvidas porque oferecem amor a conta gotas...

Não sabem escutar, não sabem entender. E nem querem...

Acham perda de tempo pois escutar problema não dá dinheiro, não é divertido...
Acham normal pularem fora quando um dos parceiros de barzinho fica na pior.
Não entendem e talvez nem queiram entender mesmo o valor de uma amizade, o valor de um amor verdadeiro.
Não veem diferença entre uma transa por amor e outra para passar o tempo.
Não entendem que para alguns o amor é o ingrediente secreto do sexo. Mais do que isso.
Fazem troça dos românticos como se estivessem num patamar superior: a terra do erotismo robótico.
Não se envolvem com ninguém.
Não se comprometem por nada.
Não conseguem encarar uma conversa séria, uma crise afetiva, se apavoram diante de qualquer profundidade.
Optam pela superfície com orgulho, com um arrogante sentimento de distinção.
Fazem tudo por etiqueta, porque os outros fazem.
Não conseguem se emocionar pra valer com nada.
Podem até chorar diante de um filme triste, mas não dão a mínima para quem sofre ao lado.
Trabalham durante anos com as mesmas pessoas sem conseguir desenvolver nenhum tipo de laço verdadeiro com ninguém...
Entopem os filhos de presentes caros para compensar a negligência afetiva. Não se indignam com a miséria vivida por tantas pessoas...
Os sorrisos são calculados.
Trata as pessoas com simpatia controlada, formal, protocolar, nada que vá além do verniz das aparências...
Vivem como zumbis emocionais ironizando tudo e todos que brilham, que queimam.
Não é à toa que tantas pessoas estão assoladas pela depressão, pela extrema ansiedade, pelos distúrbios alimentares.
Talvez estas pessoas sejam as mais sãs porque realmente é complicado demais viver cercado por tanta polidez indiferente, por tanta cortesia gelada, por tantos sorrisos inexpressivos, gentilezas mecânicas, palavras que não significam nada.
A vida se faz no encontro, nas relações que ultrapassam os limites da epiderme.
Quem se poupa demais, quem se protege demais, se livra da dor, mas se priva também da alegria e do essencial da vida, que é transformar e ser transformado pelas pessoas.
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Por: Sílvia Marques – Via: OBVIOUS

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